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MUSICBOX

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LIVEUROPE FORA DE CONTEXTO #6

Não será de estranhar que, inspirando-se no imaginário do mundo da moda, o espetáculo dos irmãos franco-americanos Elliott e Virgile Arndt seja quase tão visual quanto auditivo, apoiado em coreografias minuciosamente ensaiadas e desajeitadamente interpretadas; ou que a sua leitura desse universo se materialize numa pop descolada, dançável e sintetizada, cuja inclinação ao pastiche traz aos dias de hoje o saudosismo de uns anos oitenta que nunca viveram.

Sê-lo-á, talvez, o facto de a sua musicalidade e sentido estético levarem tão longe uma performance tão preenchida pelo humor – as suas performances de Karaoke Aumentado,  uma erupção artística num palco com duas vozes e zero instrumentos, balançam na linha ténue entre o absurdo e o genial; ou que, com tão pouco trabalho editado (um EP homónimo, de apenas 5 canções), imprimam tão fortemente a convicção de ainda terem tanto caminho pela frente.

_ Texto por Pedro Miranda / Fotografias por Ana Viotti e Bruna Buniotto


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Sob a premissa de um continente europeu sem fronteiras, o Liveurope vem unir o Musicbox a vinte outras salas europeias, de Oslo a Barcelona à Tessalónica, no propósito comum de promover os EENNA (Emerging European Non-National Artists), músicos europeus estreantes vindos de países diferentes dos das salas que os acolhem, criando uma rede pan-europeia de difusão das novas frequências continentais. Ainda que a pandemia tenha interrompido a atividade destas salas, o Musicbox não quis que o distanciamento social causasse um curto-circuito a esta conexão entre artistas e público. Colmata-o, agora, com este catálogo de promessas da música europeia que deveriam ter passado pelo seu palco, e têm a vinda adiada ao regresso à normalidade.

ARTISTAS



ENGLISH VERSION

It wouldn’t be strange that, inspired by the fashion world imaginery, the show that Franco-American brothers Elliott and Virgile Arndt present is almost as visual as it is sonorous, being backed by dance numbers meticulously rehearsed and awkwardly interpreted. Or that their reading from this universe is materialised in a detached, danceable and concise pop music, whose leaning towards pastiche brings to present days a nostalgic feeling for the 80s they never lived.

Perhaps what’s strange is fact that their musicality and aesthetic sense take their performances filled with humor so far away – their Augment Karaoke shows, an artistic outbreak in stage with two voices and zero instruments, balance in the fine line between being nonsensical and brilliant; or that, with so little released work (an eponymous EP of just 5 songs) they so strongly imprint the conviction that they have a long road ahead of them.

_ Words by Pedro Miranda / Photos by Ana Viotti e Bruna Buniotto

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