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LIVEUROPE FORA DE CONTEXTO #5
Ao contrário do que pode parecer, Dino Brandão não é português, nem se dá particularmente bem com a língua. As raízes do suíço são, na verdade, angolanas, facto que não é indiferente à sua pop pós-moderna, tão afeta aos batuques das músicas do mundo quanto à aeróbica vocal do R&B comercial.
Mas o multi-instrumentista, que tocou todas as notas do seu admiravelmente colorido primeiro EP, Bouncy Castle (2021), não se fica por aí: à universalidade do rock, da eletrónica, do afrobeat e de uma ligeira névoa de psicadelismo, embute uma voz autoral muito própria do folk, com que nos abre as cortinas para o seu ostentoso palácio interior.
The EP may smells like lavender, and I feel like I don‘t know anything about colors. I may paint in the afternoon.
Bouncy Castle
Decoration
Pretty
Spending Parade
The Arts
_ Texto de Pedro Miranda / Fotografia de Vitoria Muzzi
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Sob a premissa de um continente europeu sem fronteiras, o Liveurope vem unir o Musicbox a vinte outras salas europeias, de Oslo a Barcelona à Tessalónica, no propósito comum de promover os EENNA (Emerging European Non-National Artists), músicos europeus estreantes vindos de países diferentes dos das salas que os acolhem, criando uma rede pan-europeia de difusão das novas frequências continentais. Ainda que a pandemia tenha interrompido a atividade destas salas, o Musicbox não quis que o distanciamento social causasse um curto-circuito a esta conexão entre artistas e público. Colmata-o, agora, com este catálogo de promessas da música europeia que deveriam ter passado pelo seu palco, e têm a vinda adiada ao regresso à normalidade.
ARTISTAS
ENGLISH VERSION
Opposed to what you might say, Dino Brandão is not Portuguese, neither does he get along with the language. The Swiss artist roots are actually Angolan, a fact that is not indifferent to his post-modern pop so dear to the drummings of the songs of the world as it is to mainstream’s R&B vocal aerobics.
But the multi-instrumentalist, which has played every note of his admirably colourful first EP, Bouncy Castle (2021), doesn’t stop here: he inlays a copyrighted voice proper from folk to rock, electronic and afrobeat’s universality, as well as to the soft mist of psychedelia, and uses it to open the curtains to his ostentatious mind palace.
The EP may smells like lavender, and I feel like I don‘t know anything about colors. I may paint in the afternoon.
Bouncy Castle
Decoration
Pretty
Spending Parade
The Arts
_ Words by Pedro Miranda / Photo by Vitoria Muzzi