Sexta, 31 Janeiro
21h30
Scúru Fitchádu é purga e libertação... É um caminho nunca antes pisado, com as novas linguagens sonoras a fazerem uma visita à tradição do funana cabo-verdiano sem qualquer pudor numa visceral carruagem de furiosa estética e atitude punk. O resultado disto tudo é distinto... É uma viagem atribulada, protesto, “funaná má onda” e aceleração de batidas cardíacas. PRIMEIRA PARTE: VAIAPRAIA Rodrigo Vaiapraia é um artista transdisciplinar autodidata nascido em Setúbal. Começa a compor e a tocar canções ao vivo em 2013. No ano seguinte, edita enquanto Vaiapraia um EP a solo na Experimentáculo Records. Entre 2014 e 2018 a sua música passa a ser um exercício de amor partilhado em trio, emergindo o formato “Vaiapraia e As Rainhas do Baile” (Shelley Barradas, Helena Fagundes, Lucía Vives e Ana Farinha). Em trio, edita o LP de estreia “1755” (Spring Toast Records, 2016), um herdeiro directo e assumido dos movimentos punk riot grrrl e queercore aclamado por publicações como Público, Blitz ou Time Out. A fanzine que acompanha o álbum, complementando-o com experiências visuais e escritas, merece uma recensão da revista americana Maximum RocknRoll. Passando por festivais como o Super Bock Super Rock ou o Milhões de Festa, assim como por bares, manifestações e espaços autogeridos, salas como o Lux Frágil, ZDB e Maus Hábitos ou até por galerias e museus (MNAC, CAAC de Sevilha), as actuações ao vivo não são apenas uma oportunidade para expor as canções: são também um momento para criar comunidade, seja qual for a geografia ou a situação. Com a mesma missiva, Vaiapraia é um dos fundadores da agência/promotora/produtora Maternidade e do Rama Em Flor (festival comunitário feminista queer). Colabora pontualmente com a Plataforma 285 enquanto performer e escreve para cinema com o realizador Tomás Paula Marques.

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