Pedro da Linha é um agregador de corpos e ritmos. Nas suas mãos, o kuduro, a kizomba, afro-house, o funk carioca, o reggaetón e outras músicas de dança e electrónicas globais confundem-se e misturam-se com as músicas de baile e populares portugueses, do vira ao fado e ao cante. Quem o ouve é compelido a roçar-se na pista, a abanar as ancas em casa. Nascido na Damaia em 1991, começou a brincar com o Fruity Loops no final dos anos zero e nunca mais quis outra coisa. Já foi Kking Kong e só PEDRO, levando a sua bass music a salas como o Lux, o B.Leza ou o Musicbox, onde agora é responsável pelas noites Arrebita. Lá fora, rodou quase duas dezenas de países, passando por festivais e salas icónicas como The Jazz Cafe londrino ou o Berghain, em Berlim. Mas o nome por que hoje é conhecido só foi adoptado depois do lançamento do álbum de estreia, Da Linha, em 2020, através da editora de toda a vida, a Enchufada – que o incluiu em várias compilações e lançou a maior parte dos seus EPs desde 2012 até ao presente. Já como Pedro da Linha, nos últimos anos, partilhou estúdios, cabines e palcos de festivais com outros músicos e produtores internacionais, incluindo Merca Bae, Kelman Duran ou Álvaro Romero. Paralelamente, ajudou a moldar álbuns cruciais de Pedro Mafama, como Por Este Rio Abaixo (2021) e Estava No Abismo Mas Dei Um Passo Em Frente (2023); a Casa Guilhermina, de Ana Moura (2022); ou DECLIVE (2023), de EU.CLIDES. Colaboração após colaboração, tem aprofundado um estudo dos ritmos tradicionais portugueses que vai enformando o seu trabalho nos últimos anos, tanto ao vivo, como no EP Rua da Rosa, 24 (2023), ou no single Aqui se faz, aqui se paga, com The Legendary Tigerman e Lucy Val. Prepara-se para editar Dicas, pela Enchufada, a 8 de Novembro. No novo EP, reúne quatro bangers que atravessam fronteiras e géneros musicais, criados em parceria com Dianka, Branko, Lapili, Mu540 e Junior PK. Na calha, encontra-se também um segundo álbum, inspirado por ritmos portugueses.