Rebe é uma boneca perdida que, quando apertada, produz sussurros, gritos e acordes que ecoam mil vezes na tradição das canções espanholas. Foi criada, segundo ela, após o amor e pouco antes da paixão. Isso pode explicar por que tem baladas de erotismo incomparável. No entanto, os meandros dos seus sons e a sua forma de empilhar arranjos sobre o esquema de uma canção pop até que esta se deforme tornam difícil classificá-la em qualquer género. Rebe conta pequenas lendas sobre si mesma, amores teatrais que são doces, amargos, ridículos, ardentes e catastróficos, mas nunca inverosímeis, porque quem protagoniza essas histórias é ela. Na realidade, como boneca, ela é enganadora, pois é ela quem brinca contigo assim que tem a tua atenção. Parece que está apenas a olhar-se no espelho, mas ao mesmo tempo está a cativar, a incomodar, a suplicar e a zombar de quem a observa a olhar para si mesma. “AMORE” é o nome artístico de María, uma jovem nascida em 2000, no sul de Espanha. Após a sua formação profissional como pianista, mudou-se para Madrid e começou a sua carreira musical como teclista para outros artistas. Em 2020, iniciou o seu próprio projeto como AMORE, tendo desde então lançado um EP, alguns singles e participado numa colaboração no último álbum de Dellafuente.