Quinta, 9 Janeiro
REAL G.U.N.S, no mapa da incidência do hip hop na Área Metropolitana de Lisboa, a Linha de Sintra tem-se revelado das mais acentuadas, de forma activa sobretudo, de há uns bons anos a esta parte, prova de que é terreno fértil e não ponto de origem de um fenómeno isolado. À partida, Ovilton Fernandes Santiago seria, por isso, só mais um miúdo a descobrir o rap como forma de expressão nesses subúrbios da capital portuguesa. Mas, nascido em São Tomé, deslocado para Portugal ainda em criança por razões de saúde, criado no Cacém, emigrado para o Reino Unido já jovem-adulto, e regressado enfim ao país que o viu crescer, o percurso de vida de Real GUNS haveria de ser paradigmático da sua jornada enquanto rapper. Apesar do contacto prematuro com a cultura da qual hoje é indissociável, foi a partir desse regresso, em 2019, à sua segunda casa que o luso-são-tomense se fez MC. Os primeiros projectos com pés e cabeça — desde Época di Camufla a Época di Organiza — começaram a surgir no ano seguinte, mas só em 2022, depois de uma assinalável leva de singles impactantes (“GANG CONSPIRACY”, “WAG1” ou “PEGA MIC” à cabeça), surgiu o primeiro trabalho de estúdio: Escrevo Com Sangue, inteiramente produzido por MikelPotter, serviu de reapresentação de um dos activos mais diferenciadores do drill cantado em crioulo por cá. É mesmo coisa singular e distinta, esta sua marca na cultura. Com um complemento visual exímio, trabalhado por gente como Stenpie, Bernardo Casanova, Hugo Barros, Pietro Biz Biasia ou Lóan Lamoureux de forma quase documental, GUNS imprime força e carisma em cada tema que lança — tendência que se mantém constante no seu último trabalho, ODB (Original Dirty Bastards), desenvolvido a par da dupla 404SoundLab. Os seus últimos singles são, aliás, exemplares do método insaciável que caracteriza Ovilton: cantar o que vive, mostrar de onde vem e fazê-lo como ninguém. Não se pode pedir muito mais que isto. A realidade não tem preço!21h30
Nex Supremo nasceu e cresceu no Bairro do Fim do Mundo, no Estoril. Rapper, cantor e compositor, esteve ausente do panorama do rap game por algum tempo. No Rap há mais de uma década, bu Nigga Pi, aquele que pouco fala mas diz tudo. GunzBig
Joana Santos, nasceu em 1992 tem como nome artístico Juana na rap e é uma rapper da margem sul que representa o Monte da Caparica. Começou a dar os primeiros freestyles e a escrever as primeiras letras em 2004 na escola básica do Monte Da Caparica Em 2007 gravou a primeira música com o tema "Melhores dias virão" com a participação de Kiko . Em 2013 lançou o primeiro álbum com o nome "Juana Na Rap" com temas como: "É mas um dia" "Vida é nos midjor professor" "Batida ku letra" feat Kliclau Entre outros. Em 2016 lançou o segundo álbum que tem o nome de "tcheu barreras" com os temas "Keli ta bai pa street" "Odja rotina" Entre outros. Os dois álbuns foram gravados no estúdio Ligação Direta com o Primero G. Atualmente tem lançado faixas soltas como: "Coração apertado" "Fazi pa mi" "Na luta" "Atividadi" "Passo a passo" feat Papadocks "Keli é pa nhoz" feat I.Roy As suas músicas relatam a realidade e a vivência do bairro.
Para quem se apresentou com tanto para dar só faltava mesmo uma prova mais expressiva desse valor. E para começar chega-nos uma mão cheia de faixas compiladas em PERLE NOIRE, EP desenvolvido por Stay Real com Vulgare Beatz do seu lado na produção, canções essas que confirmam o que os singles anteriores nos tinham feito crer: estamos perante um dos grandes novos valores do rap crioulo a despontar em solo português, técnica e conceptualmente.
Bala G, nome artístico de Davidson Roberto dos Santos Monteiro, nascido a 6/9/94 em Cabo Verde na ilha de São Vicente/Mindelo é um artista de rap/hip hop residente em Portugal a mais de 15 anos . Mais novo de 11 irmãos e de uma família humilde , hoje tem 2 filhos e luta para “virar o jogo”.
(comissão bilhética incluída)
11€
Quinta, 9 Janeiro
REAL G.U.N.S, no mapa da incidência do hip hop na Área Metropolitana de Lisboa, a Linha de Sintra tem-se revelado das mais acentuadas, de forma activa sobretudo, de há uns bons anos a esta parte, prova de que é terreno fértil e não ponto de origem de um fenómeno isolado. À partida, Ovilton Fernandes Santiago seria, por isso, só mais um miúdo a descobrir o rap como forma de expressão nesses subúrbios da capital portuguesa. Mas, nascido em São Tomé, deslocado para Portugal ainda em criança por razões de saúde, criado no Cacém, emigrado para o Reino Unido já jovem-adulto, e regressado enfim ao país que o viu crescer, o percurso de vida de Real GUNS haveria de ser paradigmático da sua jornada enquanto rapper. Apesar do contacto prematuro com a cultura da qual hoje é indissociável, foi a partir desse regresso, em 2019, à sua segunda casa que o luso-são-tomense se fez MC. Os primeiros projectos com pés e cabeça — desde Época di Camufla a Época di Organiza — começaram a surgir no ano seguinte, mas só em 2022, depois de uma assinalável leva de singles impactantes (“GANG CONSPIRACY”, “WAG1” ou “PEGA MIC” à cabeça), surgiu o primeiro trabalho de estúdio: Escrevo Com Sangue, inteiramente produzido por MikelPotter, serviu de reapresentação de um dos activos mais diferenciadores do drill cantado em crioulo por cá. É mesmo coisa singular e distinta, esta sua marca na cultura. Com um complemento visual exímio, trabalhado por gente como Stenpie, Bernardo Casanova, Hugo Barros, Pietro Biz Biasia ou Lóan Lamoureux de forma quase documental, GUNS imprime força e carisma em cada tema que lança — tendência que se mantém constante no seu último trabalho, ODB (Original Dirty Bastards), desenvolvido a par da dupla 404SoundLab. Os seus últimos singles são, aliás, exemplares do método insaciável que caracteriza Ovilton: cantar o que vive, mostrar de onde vem e fazê-lo como ninguém. Não se pode pedir muito mais que isto. A realidade não tem preço!21h30
Nex Supremo nasceu e cresceu no Bairro do Fim do Mundo, no Estoril. Rapper, cantor e compositor, esteve ausente do panorama do rap game por algum tempo. No Rap há mais de uma década, bu Nigga Pi, aquele que pouco fala mas diz tudo. GunzBig
Joana Santos, nasceu em 1992 tem como nome artístico Juana na rap e é uma rapper da margem sul que representa o Monte da Caparica. Começou a dar os primeiros freestyles e a escrever as primeiras letras em 2004 na escola básica do Monte Da Caparica Em 2007 gravou a primeira música com o tema "Melhores dias virão" com a participação de Kiko . Em 2013 lançou o primeiro álbum com o nome "Juana Na Rap" com temas como: "É mas um dia" "Vida é nos midjor professor" "Batida ku letra" feat Kliclau Entre outros. Em 2016 lançou o segundo álbum que tem o nome de "tcheu barreras" com os temas "Keli ta bai pa street" "Odja rotina" Entre outros. Os dois álbuns foram gravados no estúdio Ligação Direta com o Primero G. Atualmente tem lançado faixas soltas como: "Coração apertado" "Fazi pa mi" "Na luta" "Atividadi" "Passo a passo" feat Papadocks "Keli é pa nhoz" feat I.Roy As suas músicas relatam a realidade e a vivência do bairro.
Para quem se apresentou com tanto para dar só faltava mesmo uma prova mais expressiva desse valor. E para começar chega-nos uma mão cheia de faixas compiladas em PERLE NOIRE, EP desenvolvido por Stay Real com Vulgare Beatz do seu lado na produção, canções essas que confirmam o que os singles anteriores nos tinham feito crer: estamos perante um dos grandes novos valores do rap crioulo a despontar em solo português, técnica e conceptualmente.
Bala G, nome artístico de Davidson Roberto dos Santos Monteiro, nascido a 6/9/94 em Cabo Verde na ilha de São Vicente/Mindelo é um artista de rap/hip hop residente em Portugal a mais de 15 anos . Mais novo de 11 irmãos e de uma família humilde , hoje tem 2 filhos e luta para “virar o jogo”.
(comissão bilhética incluída)